sexta-feira, 29 de maio de 2020

v i v e r




v i v e r
uma ação difícil
v i v e r
o tempo suspende para
se ter
se ver
se deixar
a beleza visita nos entre atos
nas insignificâncias
estar sendo

acontecer em varios formatos

mínimos
agigantados
alargados

mesmo em forma de girino
v i v e r
nas incongruências
nas dobras dococriando entre as fisuras de realidades embaçadas

não se afligir com as ameaças vis
não se corromper pelo medo

V I V E R
nos exige coragem

não se deixar assombrar pelos fantasmas de outrem

não se abater pelo covardia de muitos

a vida segue com os dias
a simplicidade permanece

V I V E R

vem aí a Vivência Prática do Sensível de JUNHO!!!

domingo, 24 de maio de 2020

vem vai vem e



estava já há um tempo sentada
olhava e escutava aonde escolhera, assim distraidamente para sentar
escolheu ali, sim ali no pequeno jardim que ia se transformando dia a dia dentro de seu tempo
gostava daquele lugar
um pequeno jardim de muitos dizeres
se olhava para lá avistava montanhas
se olhava mais curto via o antigo galinheiro vazio, fechado, sem galinhas , sem o galo Robertinho
a história do fim deste lugarzinho para as saudosas galinhas teve um triste fim
as galinhas ela as devolveu para a senhorinha que as havia lhe dado
E o galo Robertinho, ninguém o queria
Robertinho ficou um tempo, triste, solitário, perdeu a raZão de viver
sozinho no galinheiro, antes era Rei reinava com suas senhoras galinhas
Ela, sentada, lembra da triste história e do triste fim de Robertinho
Foram alguns longos e tristes dias, até que o destino de Robertinho se deu
ele foi embora
Um homem simples o levou para ser servido de prato principal
Olhou para o outro lado
e assim o pequeno jardim se apresentou
todos temos e teremos histórias tristes e felizes, guardaremos coisas das mais variadas em nossos corações e algumas poucas levaremos em nossa bagagem de mala vazia
é assim
dias passam como boas roupas passadas e outras ficam amarrotadas
porque assim deve ser

o andar da vida se encarrega de derreter coisas amarrotadas. mal resolvidas que por não conseguir ir até o fim deixamos
será
talvez o fim era mesmo sem final

é assim
vem vai vai vai vai
vem
até que o justo momento chega

Às voltas com o Dançar - Programa HARMONIA [Rede Minas]

Disyquilíbrio (2008)

Encontro prático com Cristiane Paoli Quito - Atelier DUDUDE

| Solos do Lugar Atelier Dudude_ Tica Lemos . Dudude, Chris Cavalcante Luiz Naveda

Oficina de improvisação e música no Festival de Inverno da UFMG 2018

O Armário (1999) Benvinda Cia de Dança

Tanque (2003)Colaboração entre Marco Paulo Rolla e Dudude

Barrocando (2000)

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Lojinha da Dudude livros, cadernos, canecas e Vassoura -ready made por Dudude

Caderno de Notações - a poética do movimento no espaço de fora 120reais
Ela sentou na cadeira 30reais
Revista Ideias de Imagem §40 


sábado, 2 de maio de 2020

ainda......

andou por terras transparentes com seus pés de vento
enfim em meio a um deserto caótico nomeado de Mundo das Humanidades
deixou seu corpo carne matéria desabar na areia incandescente
silica era este o mundo do começo
aonde estava?
Não havia nem passado e muito menos memória de futuro
como assim?
enquanto sentado estava ficou
o céu era tomado por cores dilacerantes, alguns fachos de luz rasgavam aquele dito céu
seus pés continuavam a ventar
as terras antes transparentes foram tornando e torneando desenho de um talvez possível retroceder
não sabia ao certo se era ilusão pictória ou simplesmente uma visão ácida do real
estava em sonho?
estava em uma viagem transcendental?
não sabia, mas também não se importou em decifrar o código
sim o código estava impresso em sua primeira pele
atravessava uma camada tênue de um presente umbroso
os fachos de luz eram sim almas desencarnando átomos de pura energia
entendeu
estava em um entre espaço dissonante de uma realidade onde só grandes olhos conseguiam ver e ao mesmo tempo desver o inaudito
porque estava ali?
também nao sabia
mas vivia intensamente aquele lugar nenhum, nenhum lugar
como assim?
resolveu então diminuir sua potência de existir para olhar o perto, o próximo, o ínfimo tamanho de si na existência de mundo
de seus olhos correram rios de dor e sofrimento
porque isso estava a acontecer?
seu coração diante a esta indagação endureceu, cristalizou
naquele momento seu corpo materializou seus pés antes ventos, pousaram na areia quente do deserto chamado humanidade
descobriu que era mais um um Humano demasiado humano
viu e sentiu a dor dilacerante do não futuro de um presente já há muito previsto na imprevisibilidade confirmada de Adão no paraíso terrestre
então precisou de muitas noites e dias de chuvas e temporais gástricos e nauseantes
perambulou por terras passadas, por guerras insanas, por terras inférteis
andou com seu vazio, com seu silêncio e com sua solidão para enfim materializado carne gente humana bradar aos quatro cantos da realidade
eu sou um ser nascido desta terra munido com as armas do coração, sei que vim para fazer deste mundo lugar onde o amor de ROMA precisara ser cultivado ad sempre
estive em um deslugar medonho com almas dilaceradas e perdidas no ódio, no ressentimento, na inveja, no egoísmo
sinto muito e estou para guerrear com as armas que nascem do coração
sua voz ecoou por toda a linha lisa planetária usou das forças planetárias
Foi necessario muitos vendavais, furacões, tempestades, incêndios incessantes para atingir o coração de cada ser humano
foi ardente e ainda é para que cada centelha de luz pudesse tocar os corpos nascidos gente daquele mundo imensamente triste e alienado
ainda continua sua peregrinação na insistência pela luz
clarividência
ainda....

Maio Vivência Pratica do Sensível em modo virtual ≠fiqueemcasa ≠dancemovaemsuacasa

Para maiores informações, deixe uma mensagem ou entre na pagina do Facebook Atelier Dudude e participe desta Vivência
Seja bem Vindoa