domingo, 12 de abril de 2015

Dudude Atelier informa:: saiu a Lista dos convocados para o Encontro Prático com Claire Filmon(20 a 25 de Abril)

Lais Castro, Paulo Carpino, Heloisa Domingues, Raquel Schembri, Piera Rodrigues, Ana Lana Gastelois, Julia Violeta, Jardel Sander, Jose Washington,Izabel Stewart,Renata Queiroz, Patricia Siqueira, Panmela Ribeiro, Paola Rettore, Luciana Tanure, Fernanda Preta, Heloisa Oliveira, Tuca Pinheiro, Ana Luisa Santos, Fernanda Branco Pulse, Roberta Terra,Cristina Borges, Nicole Vieira Sejam todos bem vindos, maiores informações enviarei por email. Restam duas vagas, caso alguém se interesse entre em contato pelo face mesmo!! Agenda de CLAIRE em Belo Horizonte, Casa Branca-Brumadinho De 20 a 25(Segunda a sábado) Encontro Prático de 14:00 as 19:00 Dia 23 9quinta -Feira) Conversa modos de existir e fazer dança de 10 as 12:00 onde: Memorial Minas Gerais VALE/ Praça da Liberdade BHZ Entrada livre Dia 25 Performance Improvisacional com Claire Fimon, Dudude Herrmann, Nicole Vieira e Marcella The Post Modern (Para participantes e convidados mediante confirmação de presença)

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Atelier Dudude Mês de Abril Aulão+ Café da Tarde + Encontro Prático com Claire Filmon

Agenda de Abril -mês de coisas bacanas no Atelier de DUDUDE

Caríssimos Mês de Abril no Atelier de Dudude Dia 11 Aulão dança= volume sabado de 10 as 13hs Dia 12 Café da Tarde com Dudude apresentando seu trabalho Estudo imprevisível para uma primavera imprevisivel Trata-se de uma aventura improvisatoria na obra Sagração da Primavera de Stravinsky as 17hs Taxa de colaboração para a artista sugerida 20,00 De 20 a 25(segunda a sábado) Encontro Prático com Claire Filmon Dia 23 (quinta) Conversa com a artista Claire Filmon no Memorial de Minas em Belo Horizonte as 10hs Entrada gratuita aberta aos interessados pela cena viva seja da dança, da performance, do teatro, da improvisação Imperdível!!! Dia 25(sábado) Performance com Claire e convidados as 17hs no Atelier de Dudude Entre em contato para maiores infformações

As inscrições para Convocatória Encontro Prático com Claire Filmon (fr)

Mundo corpo corpo mundo

Mundo-corpo e Corpo-mundo De uns tempos para cá, estou às voltas com um pensamento de conexão e ao mesmo tempo de extensão. Fazer ressoar pelo espaço à fora as ideias que atravessam meu talvez ser corpo. É certo que trabalho na porosidade, na imagem da espuma, e no corpo como filtro e transmissor de potências. Tais potências estão na vontade, no desejo, na ação, e acredito que ela aparece quando estamos vivendo no tempo presente. Por falar em presente, observe como é linda a forma da palavra "presente": antes de sentir, estou presente na ação, estou dentro do tempo. E que tempo é este que gosto tanto de falar e discorrer sobre? Certamente não é o do relógio. Talvez seja um tempo parecido ao de Marcel Proust em seu romance “Em busca do tempo perdido”. Este tempo está sempre passando, em um devir constante de aceitação e transformação. Justamente por falar deste tempo dilatado é que me encontro aqui, imprimida em palavras que começam com o agrupamento de letras que formam palavras, que mais uma vez agrupadas constroem frases. Frases com sujeito, substantivo e adjetivo, sempre acompanhadas de verbos, pois nesta vida precisamos de ação. Nascer é uma ação: penso sempre na continuação deste fato, então todos os dias continuo. Mas é fato também que estou me delongando e ampliando para chegar a uma questão que muito me interessa. Há um tempo comecei a pensar e sentir as ressonâncias através do movimento produzido pela ação do dançar, aonde esta ação levava meu pensamento. Comecei a escutar os ecos deste e refletir sobre. Foi então que cheguei nesta ampliação de Corpo-mundo e mundo-corpo. O que significa isto para mim, para você? Mundo grande e pequeno, mundo vasto e miúdo. Pois o que acontece dentro, está acontecendo fora. Nosso corpo habita este mundo e também é habitado por ele. Acho esta ideia maravilhosa! Traz para mim uma sensação de plenitude, de mais um no redemoinho do vir a ser, de pertencer a algo maior do que eu mesma. Traz tudo que está ao redor, compartilhando os efeitos e os afetos circundantes e circulares. E deste modo, me faz entender que o mundo está para o meu corpo-casa assim como meu corpo-casa está para o mundo, o que implica a noção de cuidado e atenção no caminho que traço e risco nesta trajetória. Árvores, rios, céus, terras, mares, animais grandes e pequenos coabitam este lugar, e vivemos todo o tempo cheios de interferências, de ressonâncias, independendo de suas frequências. A curiosidade que tenho serve de alimento para o entendimento das ações futuras que seguem adiante, para o entendimento das ações de ontem, e para me colocar em cima de meus pés que conversam com aquilo que os apoia: a terra. Quando me percebo, penso aonde me encontro, vejo ao redor, novamente penso, sinto como este planeta me acolhe e me nutre. Sem este chão não teríamos este corpo. Perceber a importância de tudo que nos rodeia é fundamental para termos a sensação de cuidado e de respeito para com este mundo. Deixar ressoar o mundo em nós: sabemos que estamos aqui de passagem. Insisto em falar disto. Creio que o mundo só está assim hoje porque tiveram pessoas que cuidaram e conversaram com aquilo que já estava como a água, o ar, a terra, as plantas, os animais. Tempo para o silêncio. Vazio. Quero muito escrever sobre, mas me extravaso e extravio o meu querer de apenas ser simples. Será que estou me fazendo entender? Abranger a substância do mundo para Ser Quando escrevo já estou sendo alguma coisa, exercendo através do meu ser que se dilui em palavras e constrói idéias como esta de Mundo-corpo e Corpo-mundo. Hoje penso desta maneira do pequeno para o grande e inversamente do grande para o pequeno. Você já imaginou como somos imensos para uma formiga, e como somos formigas dentro do universo. E somos massa do planeta terra, juntamente com a água, aterra, as coisas grandes e pequeninas, de longe é tudo uma coisa só e, no entanto aqui temos nossos territórios, guerreamos por isso e aquilo, até a água está sendo comprada e ela, a água, nem sabe disso, ela está existindo generosamente e nós em conjunto sujamos, secamos, destruímos aquilo que nos guarnece, alimenta, acolhe. Penso muito nestas questões e sabe você o que faço? Faço o que posso no movimento pequeno de gente, cuido. Cuido das coisas, do espaço perto de mim, assim desta maneira escrevo, danço, converso, faço espetáculos escolho as coisas, leio livros, agradeço todos os dias. Isto pode até parecer “piegas” mas para mim não é, trabalho com arte trabalhando com a subjetividade destas impressões. Procuro tocar talvez em um campo de imanências do mundo através do movimento da vida e tenho esperanças de mudanças sutis. Não quero classificar nada. Mas quero muito ver, sentir, cuidar desta conexão mundo corpo e corpo mundo. Porque isto vale a pena. Olhe para uma arvore florida em uma rua cheia de carros, barulho, asfalto, olhe como ela conversa com está paisagem e depois de um breve silêncio. Respire com todo seu corpo casa está paisagem que não faz força nenhuma para acontecer simplesmente porque as coisas já estarão no devir desta imanência. Portanto coragem é o que desejo hoje para todos nós que fazemos e somos a massa do mundo humano. Portanto cuidado é o que fazemos e somos a massa do mundo humano.