quarta-feira, 22 de abril de 2020

MAIO 16 SABADO VIVÊNCIA PRATICA DO SENSÍVEL MODO VIRTUAL≠fiqueemcasa


mapa de alguém≠fiqueemcasa se você pode≠fiqueemcasa

Hoje
antes de sair
capa de chuva, lenço na cabeça, óculos grande na cara, mascara, calça comprida, bota,
alcool
lavo as mãos depois de ter lavado toda a louça do café, lavo 1 mais 2 mais três
saio....
de carro

missão ir a cidade
chego
passo alcool

1 deposito comprar tijolos
chego
passo alcool
entro no deposito passo alcool
entro no carro passo alcool
2 mercadinho
chego
passo alcool
entro no mercadinho passo alcool
entro no carro passo alcool
comprar velas para iluminar a alma
3 ir em outro deposito procurar torneira, não encontro a bendita torneira
chego
passo alcool
entro no depósito passo alcool
entro no carro passo alcool
4 passo na marmoraria para comprar uma pedra barata para tampar a caixa de passagem , a antiga quebrou
chego
passo alcool
entro no depósito passo alcool
entro no carro passo alcool
Pego meu carro e vou em um outro bairro, nessa altura minhas mãos estão hiper super alcoodificadas mas continuo a passar
5 passo no posto para abastecer
so passo alcool depois de usar a maquininha
6 passo em uma loja para comprar um produto para a horta
chego
passo alcool
entro na loja passo alcool
entro no carro passo alcool
7 sigo em direção para um outro Deposito de material ver se encontro a bendita e urgente Torneira
Encontro, um pouco e bem mais cara, compro
chego
passo alcool
entro na loja passo alcool
entro no carro passo alcool
8 vou ao supermercado comprar um item que não encontrei no mercadinho
chego
passo alcool
entro no supermercado passo alcool
entro no carro passo alcool
9 passo em um Banco, preciso fazer um deposito urgente e na minha condição de pessoa ainda não tenho internet Bank
chego
passo alcool
entro no banco, limpo o teclado com alcool
passo alcool
entro no carro passo alcool
Encerrei as necessidades, entro no carro, estou exausta e apreensiva
Fiz o que  consegui, limpando, de mascara e enquanto isso vi meu povo brasileiro, a maioria usando mascaras no pescoço, na mão , no bolso
estamos assistindo os anos de descuido do povo brasileiro, a menor valia, a pobreza, a falta de noção por pura falta de uma família que cuida, uma escola que educa, uma cultura  e arte desassistida, portanto precariedades por toda parte
meu coração está doendo, sofrendo por assistir nossa condição resultados de anos de *promessas* de depois faremos, delegando sempre para o outro, e culpando outros
Tenho rezado para aqueles que estão na linha de frente, desejando coragem, saúde, todos os dias tenho chorado com uma dor latente por todos que estão a perder seus entes amados, pelos médicos, enfermeiros, assistentes, por todos da equipe hospitalar, pelos caminhoneiros, por todos, todos infinitos todos
Aonde anda a responsabilidade comum?
enfim depois desta via crucis
chego em casa
antes de entrar
tiro minha roupa toda
meu sapato
coloco minhas roupas em agua e sabão
deixo meu sapato no sol
lavo as mãos
entro em casa
vou para o banheiro tomo banho
oxigênio oxigênio oxigênio
agua rio mar
arvore floresta
saúde



The Diary of a Quarantined Artist

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Impressões sobre a Vivência em modo virtual Abril 2020

Sábado, dia 18 de Abril realizei a Vivência Prática do Sensível, usando da mídia Virtual para que cada participante experimentasse em sua casa, lugar espaço. Foi uma emoção, estar junto via  corações. Tendo como impulso imagens da natureza em si, aonde mora o Atelier, em Casa Branca-Brumadinho MG BRASIL
Em Maio farei outra, agora com o tempo mais largo
adaptações reinvenções produções para nutrir nossa casa corpo alma espirito
Dance sempre que puder!!

o que faço, não sei muito bem

Nesse instante antes do sono, vivo a inteireza de algumas varias muitas coisas inexatas que sussurram em minhas orelhas que abanam coisas initeligíveis como o porvir de um possível alvorecer depois que fechar meus olhos
talvez entrarei em um sonho anunciador, em um sonho ameaçador, em um sonho aventureiro onde poderei sobrevoar campos, ou cidades mortas, ou eu mesmo em estado de morte, desaparecendo em uma frequência mínima e vivendo uma transformação de corpo carne para corpo etereo
as vezes o medo me visita , logo depois respiro e olho para o infinito dos céus
os aviões por aqui sumiram
o silêncio já se acostumou consigo mesmo
aonde poderei estar agora?
em mim
assim sigo
tento produzir nutrientes pelo mover, gerar leveza, olhar a borboleta em seu voo pueril
contemplar a vida natural
fazer minhas ações filosóficas
varro a casa, o quintal
limpo o quarto, a sala
cozinho uma comida que eu mesmo como
converso com todas e todos que estão aqui comigo
a mesa, a panela, a janela
passo roupas lavadas por mim
dobro -as com esmero e cuidado
lembro de meus filhos, amigos, colegas, irmãos
lembro de mim vivendo
lembro de muitos ontens
desejo amanhãs
choro ao assistir as evidências do fim
sinto a dor aguda e desamparada dos que perderam seus amados
estou em um momento de preparação
Pode sim, talvez, ser escolhida
aonde guardo a minha talvez dor futura
Fico estatelada de frente para a porta, o jardim , a flor
perene
sim
perene
enquanto estou, decido
viverei
dançarei
varrerei
inventarei
desejarei abraços apertados em todos
gargalharei
contemplarei as coisas simples
Coloque uma flor em um vaso
acenda uma vela
perdoe você pelos maus jeitos vivido até antes
agora deitada em minha cama com lençóis lavados e passados por mim
agradeço tanto
lavo as mãos
tomo banho
limpo a casa
agora deitada em minha cama
fecho os olhos, aceito dormir, quero sonhar
trabalhar em outra intensidade
desejo tanto que a humanidade acorde e o coração planetário desabroche
quero um lugar onde cada um de nós humanos bípedes estejam despertos
quero muito mesmo
boa noite, bons sonhos
que amanhã seja realmente um dia melhor