andou por terras transparentes com seus pés de vento
enfim em meio a um deserto caótico nomeado de Mundo das Humanidades
deixou seu corpo carne matéria desabar na areia incandescente
silica era este o mundo do começo
aonde estava?
Não havia nem passado e muito menos memória de futuro
como assim?
enquanto sentado estava ficou
o céu era tomado por cores dilacerantes, alguns fachos de luz rasgavam aquele dito céu
seus pés continuavam a ventar
as terras antes transparentes foram tornando e torneando desenho de um talvez possível retroceder
não sabia ao certo se era ilusão pictória ou simplesmente uma visão ácida do real
estava em sonho?
estava em uma viagem transcendental?
não sabia, mas também não se importou em decifrar o código
sim o código estava impresso em sua primeira pele
atravessava uma camada tênue de um presente umbroso
os fachos de luz eram sim almas desencarnando átomos de pura energia
entendeu
estava em um entre espaço dissonante de uma realidade onde só grandes olhos conseguiam ver e ao mesmo tempo desver o inaudito
porque estava ali?
também nao sabia
mas vivia intensamente aquele lugar nenhum, nenhum lugar
como assim?
resolveu então diminuir sua potência de existir para olhar o perto, o próximo, o ínfimo tamanho de si na existência de mundo
de seus olhos correram rios de dor e sofrimento
porque isso estava a acontecer?
seu coração diante a esta indagação endureceu, cristalizou
naquele momento seu corpo materializou seus pés antes ventos, pousaram na areia quente do deserto chamado humanidade
descobriu que era mais um um Humano demasiado humano
viu e sentiu a dor dilacerante do não futuro de um presente já há muito previsto na imprevisibilidade confirmada de Adão no paraíso terrestre
então precisou de muitas noites e dias de chuvas e temporais gástricos e nauseantes
perambulou por terras passadas, por guerras insanas, por terras inférteis
andou com seu vazio, com seu silêncio e com sua solidão para enfim materializado carne gente humana bradar aos quatro cantos da realidade
eu sou um ser nascido desta terra munido com as armas do coração, sei que vim para fazer deste mundo lugar onde o amor de ROMA precisara ser cultivado ad sempre
estive em um deslugar medonho com almas dilaceradas e perdidas no ódio, no ressentimento, na inveja, no egoísmo
sinto muito e estou para guerrear com as armas que nascem do coração
sua voz ecoou por toda a linha lisa planetária usou das forças planetárias
Foi necessario muitos vendavais, furacões, tempestades, incêndios incessantes para atingir o coração de cada ser humano
foi ardente e ainda é para que cada centelha de luz pudesse tocar os corpos nascidos gente daquele mundo imensamente triste e alienado
ainda continua sua peregrinação na insistência pela luz
clarividência
ainda....
Sagrado caminhar, silente, pra sentir!
ResponderExcluirsim, intenso temporeal
ResponderExcluirVisceral escrita, pulsante!
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