Por Dudude.
Janeiro de 2013
Sobre um sentir arte e fazer arte nos tempos atuais
Sobre o que de fato estamos e queremos fazer
Sobre um sentir e perceber o mundo agora
Sobre o saber para que fazer
Sobre os sobres
Sobre uma certa tendência de se fazer para nada
Sobre uma certa prepotência escondida em vários muitos corpos escondidos de uma certa vaidade contemporânea do viver hoje
Sobre
a banalização e velocidade que máquinas tipo celulares super hiper
competentes que propositalmente nos conectam em um pseudo falso mundo e
nos retiram do momento agora já está acontecendo
Sobre a necessidade de noticiarmos e noticiar o mundo a todo instante
Sobre a velocidade rasa e frágil
Sobre as maquinas computadores MacBook
Sobre a fuga e o desaparecimento da escrita papel-caneta
Sobre meter a mão e o corpo arcaico na massa
Sobre trabalhos que possuem uma camada de Moderrnooooooooo e enfadonhos
Sobre o esvaziamento da audiência, cansada de assistir o vazio
Sobre um corpo sem órgãos
Sobre um corpo com órgãos
Sobre vísceras reais que escorregam... e sangram
Sobre um corpo que envelhece e vive
Sobre um artista que nasceu no século XX e é obrigado a se metamorfosear e aceitar as regras da virtualidade
Sobre o que estamos, todos nós artistas desta passagem de tempo a fazer com nossas criações
Sobre a vaidade
Sobre a certeza
Sobre a inoperância
Sobre si mesmo
Sobre eu mesmo
Sobre a luta feroz da falsidade
Sobre a vontade de existir
Sobre a vontade de superar
Sobre você
Sobre as coisas do mundo que estão a morrer
Sobre um mundo que guerreia tous le jour
Sobre as aberrações que brotam em cada um de nós seres viventes deste planeta cheio de gente
Sobre o rastro de vida
Sobre coisas leves, doces e macias
Sobre uma arte que toca o ser genuíno do outro, sem ordenar nada, sem dizer nada sobre inteligência cerebral
Sobre a calma, lassidão, solidão
Sobre a incomunicabilidade
Sobre a inocência de uma minoria
Sobre a informação que desinforma sem intenção de...
Sobre a sagacidade
Sobre o instinto que cheira avisa e aguça o espírito
Sobre avançar
Sobre o amor no trabalho artístico
Sobre a crítica
Sobre a valoração da obra
Sobre servir para quê, para quem...
Sobre esse mundo agora
Sobre quem são esses que constroem esse mundo agora
Sobre o mundo seco
Sobre o urso polar
Sobre a ausência da escuridão
Sobre a falta de tempo para viver o inconsciente
Sobre a necessidade de pílulas
Sobre o tempo que perdemos em maquinas
Sobre a insatisfação
Sobre o pequeno mistério
Sobre a vida errante que um artista precisa para buscar o seu alvo
Sobre a autonomia
Sobre o pertencimento de si para estar
Ideias, desejos, vontades
Para quê
Sobre quê
Por quê
Tempo, temporalidades, lucidez
*Um
a
parte
Quando
assisto trabalhos em dança, geralmente me perco, geralmente me desolo
e, isoladamente, vou buscar em meu amago um sentido de mundo.
Passa
o tempo e me espanto com o céu, as flores, pequenos detalhes que me
fazem lembrar de pequenos detalhes inexistentes nos trabalhos modernos
deste contemporâneo de agora.
Há uma certa valoração de si, uma certa coisa que não consigo explanar.
Aí me vem uma questão:
PARA QUÊ TUDO ISSO?
O
mundo em que nossa espécie vive, constrói, está desenganado, ao mesmo
tempo em que ganha mais luz artificial, perde em uma velocidade de
cometa a luz que lhe é natural, perde tudo que lhe é natural.
De maneira alguma pretendo ser moralista.
As coisas... os movimentos estão escancarados para quem quiser ver sentir e chorar.
Hoje estou assim e confesso são vários e muitos hojes que tenho ficado assim.
Sobre.
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