quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Agenda Atelier de Dezembro 19 e Janeiro 20
COM PRAZER ANUNCIAMOS QUE AINDA RESTAM VAGAS PARA Encontro Prático de Verão
* As Inscrições ficarão abertas até a lotação das vagas
* O EP Verão acontece de 25 de Janeiro a 01 de Fevereiro de 2020
* Maiores informações entre na pagina do Atelier Dudude no Facebook
ENCERRANDO AS AÇÕES DE 2019
* VIVÊNCIA PRATICA DO SENSÍVEL
* 14 -sábado de 10 as 12
Esta prática é para pessoas que querem ativar e potencializar as percepções fazendo a conexão fina mundocorpoxcorpomundo
* Maiores Informações
31 988979597
maria.dudude@gmail.com
Este ano de 2020 o ATELIER DUDUDE celebra seus 10 anos de existência no mundo e para isso prepara ações na ordem da arte e da sensibilidade
Breve estaremos postando nosso mapa 2020
sábado, 2 de novembro de 2019
sina
o poeta escava na folha simples de um papel
p o e s i a
ele borda
ele pinta
e escreve
desvela imagem
vivifica coisas
entorna poema
ensopa o papel
ele só escreve
mas como um milagre
as palavras se agrupam e aparecem vivas em movimento
hoje vi um besouro
ele se debatia de bruços
tentei virar
ele novamente, rapidamente retornava a se debater de bruços
alguém uma vez me contou
- quando besouros, percevejos e outros parecidos deles viram de bruços
é porque chegou a hora de desaparecerem
estão em rito funubre
tão particular
tão intenso
tão corajoso
recusam ajuda
aceitam a finitude
vivenciam o rito com uma dignidade e obediência a sua sina de ser o que é
aceitam
cumprem
assim é
o poeta então
só escreve
ele também precisa aceitar
o desejo
a surpresa
o inesperado
as palavras vão se escolhendo e o poeta vai escorrendo-as uma a uma na simples folha do papel
assim é
p o e s i a
ele borda
ele pinta
e escreve
desvela imagem
vivifica coisas
entorna poema
ensopa o papel
ele só escreve
mas como um milagre
as palavras se agrupam e aparecem vivas em movimento
hoje vi um besouro
ele se debatia de bruços
tentei virar
ele novamente, rapidamente retornava a se debater de bruços
alguém uma vez me contou
- quando besouros, percevejos e outros parecidos deles viram de bruços
é porque chegou a hora de desaparecerem
estão em rito funubre
tão particular
tão intenso
tão corajoso
recusam ajuda
aceitam a finitude
vivenciam o rito com uma dignidade e obediência a sua sina de ser o que é
aceitam
cumprem
assim é
o poeta então
só escreve
ele também precisa aceitar
o desejo
a surpresa
o inesperado
as palavras vão se escolhendo e o poeta vai escorrendo-as uma a uma na simples folha do papel
assim é
depois da chuva acontece
depois da chuva
a formiga
o cupim
a tanajura
o mosquito
o pernilongo
o mosquitinho
o besourinho
o inseto da capa vermelha
o inseto da antena longa
a borboleta azul
a joaninha
o vagalume
o zangão
a abelhinha pretinha
o sapo
a andorinha
o calango
o sábia
o colibri
o beija flor
todos e muitos outros apareceram
justo depois da chuva
apareceram
cada qual com sua missão de existir e cumprir a vida
uma sinfonia de natureza
uma musica distinta
cada um tem um som, um ruído
cada um tem
cada um mora aonde escolhe
em um pe de couve
em um pé de acerola
em uma folha de jabuticaba
em uma arvore do cerrado
no chão
no tronco
no buraco
na pedra
em um galho alto de sucupira
Em todos os possíveis lugares
sempre tem um morador
está de passagem
depois da chuva
o mundo parece renascer
eu , com minha forma humana
só faço agradecer e cuidar
agradecer que todos estão por aqui mesmo
piando
cantando
pousando
furando
comendo
mundo mundo mundo
a formiga
o cupim
a tanajura
o mosquito
o pernilongo
o mosquitinho
o besourinho
o inseto da capa vermelha
o inseto da antena longa
a borboleta azul
a joaninha
o vagalume
o zangão
a abelhinha pretinha
o sapo
a andorinha
o calango
o sábia
o colibri
o beija flor
todos e muitos outros apareceram
justo depois da chuva
apareceram
cada qual com sua missão de existir e cumprir a vida
uma sinfonia de natureza
uma musica distinta
cada um tem um som, um ruído
cada um tem
cada um mora aonde escolhe
em um pe de couve
em um pé de acerola
em uma folha de jabuticaba
em uma arvore do cerrado
no chão
no tronco
no buraco
na pedra
em um galho alto de sucupira
Em todos os possíveis lugares
sempre tem um morador
está de passagem
depois da chuva
o mundo parece renascer
eu , com minha forma humana
só faço agradecer e cuidar
agradecer que todos estão por aqui mesmo
piando
cantando
pousando
furando
comendo
mundo mundo mundo
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