Escute, o som, ao redor, insight you, e em uma noite, dessas noites que a lua está brilhante, inteira no meio do céu, sim no meio do seu céu, porque simplesmente é você que a vê e você a olha e diz :Veja a lua inteira no céu esplendoroso, ela está lá. Sinto dizer e é por pura genuína alegria, ela brilha para você, é você que a vê e talvez uma outra, ou outros milhões de pessoas, estão a ver no exatamente mesmo instante, tendo sensações absolutamente distintas , ou parecidas , ressoando tais percepções pelo planeta vivo, emitindo em ondas que podem sim ser capturadas por outros milhões , ou por apenas um ser genuíno que esteja no Deserto, na praia ou atravessando uma rua movimentada de uma cidade qualquer.
Cada uma de nós a vê no seu próprio sentir.
O que o olho vê traduzível no dizer do que lhe possa ser próprio sentir
Silêncio
Quietude
E mistério...
Solitudes próprias em cada ser
Ecossssssssss
Ecoarrrrrrrrrrrrrrr
De repente um ritmo invade sua alma, seu espírito, seu íntimo e a faz dançar e o faz dançar infinitas rodas, giros.
É a gira do encantamento, de existir nas ilusões do tempo
Instantes fugazes e avassaladores
Intensidades, apenas um ser acordou no mundo no todo do instante.
A lua no céu
O céu na lua
O mundo no corpo
O céu na boca
Na imensidão me perco de sensações de querer
Querer tanto o que não sei
O que não vivi
Desejo de amor amar R O M A
Romã floresce nas festas rituais
Vermelho
Reciprocidades
Sou mais um e tanto faz, tanto importa e não importa
No momento do justo tempo
Não me importa
Aquele ser ínfimo perdido e achado se mistura nas notas musicais, matemáticas e exatas do presente de ter de ter de ter-se
Ah solidão
Solidão afirmativa de aceite
Aceite este ar, aceite a finitude
Mas porque querer tanto
Por quê
Abre a boca e grita pra a imensa escuridão de seu entorno
Posso querer
O tempo passa
Os cabelos brancos
A urgência de só mais um pouco
Um pouco mais de braços
Um pouco mais de pernas
Um pouco mais
Ainda não conheço, preciso conhecer o real
O real
Olho, os olhos já viram, anteviram, e querem ver neste agora
Será que me autorizo a dizer todas as palavras que não disse
Velejar no mar revolto de meu íntimo
Não tenho o tempo, ele passa, nunca provei a valentia de mim
Preciso
C o n f i a r
Tecer aventuras de coragem, sair do front para ficar de frente
Assim estoy
Escute
Preste atenção o que persegue
Será a morte
Direi é cedo para desaparecer
Ainda tem roupas para lavar
Aguas para correr
Lágrimas para chorar e muitos amores para se ter
De várias formas e maneiras dizer SIM
Yes, I´m going
I go to the other side
Tempos duros, tempos largos plenos de possíveis voos espiralados
Nos entre tempos escorrego como agua de chuva boa
Me chame me chame
Vou
Escute, please, vou
Vou porque quero
Sou, tenho muitos dias e noites por aqui, minha criança não cresceu e nem saiu de meu corpo de fruta madura
Os gritos uma boa parte ainda está para sair para o mundo afora
As danças explodem nas células e os desejos são imensos
Quero aprender o aperto de mãos integras, sem jogos de medo
Pedi licença
Pedi permissão
A paciência sentou ao meu lado e por lá ficou, me levantei e comecei a dar voltas ao redor das montanhas, depois mergulhei em oceanos, tudo em sonho, em transe
Alguém pode escutar?
Por favor
Escute
I´m here, precisando da sua mão para me levar naquele lugar
Íntimo ser
Só de cada um
Sabes bem que escrevo para sair de mim, de mim de mim
Depois te lerei
Espero que
Sentirei
Entenderei
Compreenderei
Serei
Esperarei que não anoiteça sem lua no céu
Escute lendo através de paisagens lunares, vulcânicas, planícies que vão se estendendo assim sem parar...
O horizonte de um por vir
Um dia, uma noite e conto as conchas de um mar
São infinitas
A duração permanece, muda de tom, Eu, camaleoa , me atrevo a adaptar ao clima, as surpresas, me preparo propositalmente para um vazio longo, obtuso e voluptuoso
O relevo é acidentado
A piscina pode ser funda e rasa
Os ossos ainda são fortes, querem correr e guardar a memória em seus tecidos moles
O fluxo é inevitável, precisa ceder, aceitar esta é a condição
Velejar com olhos abertos, respirar com olhos fechados e inventar sabendo que é um M AR, o movimento nunca para. A condição necessita de pulsão, de impulso para ter agua chegando na praia, as asas recolhidas encolhem com o frio vento do Hemisfério Sul
Como estarão os outros no Polo Norte
Uma ilha de garrafas esburaca o intervalo, são trilhões delas, vazias, usadas e exaustivamente cansadas da forma imposta por um outrem
O saber vagueia na poeira, diluído não quer mais a certeza do tempo
Escute
São mil, cem milhões, infinitos números no intervalo de 0 a 9, podemos criar imensidades temporais de existências onde só a potência revira o lençol
A cama, aonde foi parar?
O sonho, sonhos,
Decifra-me ou te devoro, já ouvi isso em alguma letra do mundo
Mundo, redonda, acidentada, esburacada
Pensamentos giram pelo planeta durante eras, alguns diluem, outros petrificam e caem como meteoros, nas cabeças de muitos que dormem de olhos esbugalhados.
Gostam de culpar, isso não me interessa
Abro a boca, estico a língua de muitas línguas
Escuto as canções de outras frequências
Preciso de t r a n s m u t a r
A condição é esta!
Vai !
Já disse
Vai!!!
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