sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

em construção compartilhando o processo de um desejo de vir a ser escrita

Escute, o som, ao redor, insight you, e em uma noite, dessas noites que a lua está brilhante, inteira no meio do céu, sim no meio do seu céu, porque simplesmente é você que a vê e você a olha e diz :Veja a lua inteira no céu esplendoroso, ela está lá. Sinto dizer e é por pura genuína alegria, ela brilha para você, é você que a vê e talvez uma outra, ou outros milhões de pessoas, estão a ver no exatamente mesmo instante, tendo sensações absolutamente distintas , ou parecidas , ressoando tais percepções pelo planeta vivo, emitindo em ondas que podem sim ser capturadas por outros milhões , ou por apenas um ser genuíno que esteja no Deserto, na praia ou atravessando uma rua movimentada de uma cidade qualquer.

Cada uma de nós a vê  no seu próprio sentir.

O que o olho vê traduzível no dizer do que lhe possa ser próprio sentir

Silêncio

Quietude

 E mistério...

Solitudes próprias em cada ser

Ecossssssssss

Ecoarrrrrrrrrrrrrrr

De repente um ritmo invade sua alma, seu espírito, seu íntimo e a faz dançar e o faz dançar infinitas rodas, giros.

É a gira do encantamento, de existir nas ilusões do tempo

Instantes fugazes e avassaladores

Intensidades, apenas um ser acordou no mundo no todo do instante.

A lua no céu

O céu na lua

O mundo no corpo

O céu na boca

Na imensidão me perco de sensações de querer

Querer tanto o que não sei

O que não vivi

Desejo de amor amar R O M A

Romã floresce nas festas rituais

Vermelho

Reciprocidades

Sou mais um e tanto faz, tanto importa e não importa

No momento do justo tempo

Não me importa

Aquele ser ínfimo perdido e achado se mistura nas notas musicais, matemáticas e exatas do presente de ter de ter de ter-se

Ah solidão

Solidão afirmativa de aceite

Aceite este ar, aceite a finitude

Mas porque querer tanto

Por quê

Abre a boca e grita pra a imensa escuridão de seu entorno

Posso querer

O tempo passa

Os cabelos brancos

A urgência de só mais um pouco

Um pouco mais de braços

Um pouco mais de pernas

Um pouco mais

Ainda não conheço, preciso conhecer o real

O real

Olho, os olhos já viram, anteviram, e querem ver neste agora

Será que me autorizo a dizer todas as palavras que não disse

Velejar no mar revolto de meu íntimo

Não tenho o tempo, ele passa, nunca   provei a valentia de mim

Preciso

C o n f i a r

Tecer aventuras de coragem, sair do front para ficar de frente

Assim estoy

Escute

Preste atenção o que persegue

Será a morte

Direi é cedo para desaparecer

Ainda tem roupas para lavar

Aguas para correr

Lágrimas para chorar e muitos amores para se ter

De várias formas e maneiras dizer SIM

Yes, I´m going

I go to the other side

Tempos duros, tempos largos plenos de possíveis voos espiralados

Nos entre tempos escorrego como agua de chuva boa

Me chame me chame

Vou

Escute, please, vou

Vou porque quero

Sou, tenho muitos dias e noites por aqui, minha criança não cresceu e nem saiu de meu corpo de fruta madura

Os gritos uma boa parte ainda está para sair para o mundo afora

As danças explodem nas células e os desejos são imensos

Quero aprender o aperto de mãos integras, sem jogos de medo

Pedi licença

Pedi permissão

A paciência sentou ao meu lado e por lá ficou, me levantei e comecei a dar voltas ao redor das montanhas, depois mergulhei em oceanos, tudo em sonho, em transe

Alguém pode escutar?

Por favor

Escute

I´m here, precisando da sua mão para me levar naquele lugar

Íntimo ser

Só de cada um

Sabes bem que escrevo para sair de mim, de mim de mim

Depois te lerei

Espero que

Sentirei

Entenderei

Compreenderei

Serei

Esperarei que não anoiteça sem lua no céu

Escute lendo  através de paisagens lunares, vulcânicas, planícies que vão se estendendo assim sem parar...

O horizonte de um por vir

Um dia, uma noite e conto as conchas de um mar

 São infinitas

A duração permanece, muda de tom, Eu, camaleoa , me atrevo a adaptar ao clima, as surpresas, me preparo propositalmente para um vazio longo, obtuso e voluptuoso

O relevo é acidentado

A piscina pode ser funda e rasa

Os ossos ainda são fortes, querem correr e guardar a memória em seus tecidos moles

 O fluxo é inevitável, precisa ceder, aceitar esta é a condição

Velejar com olhos abertos, respirar com olhos fechados e inventar sabendo que é um M AR, o movimento nunca para. A condição necessita de pulsão, de impulso para ter agua chegando na praia, as asas recolhidas encolhem com o frio vento do Hemisfério Sul

Como estarão os outros no Polo Norte

Uma ilha de garrafas esburaca o intervalo, são trilhões delas, vazias, usadas e exaustivamente cansadas da forma imposta por um outrem

O saber vagueia na poeira, diluído não quer mais a certeza do tempo

Escute

São mil, cem milhões, infinitos números no intervalo de 0 a 9, podemos criar imensidades temporais de existências onde só a potência revira o lençol

A cama, aonde foi parar?

O sonho, sonhos,

Decifra-me ou te devoro, já ouvi isso em alguma letra do mundo

Mundo, redonda, acidentada, esburacada

Pensamentos giram pelo planeta durante eras, alguns diluem, outros petrificam e caem como meteoros, nas cabeças de muitos que dormem de olhos esbugalhados.

Gostam de culpar, isso não me interessa

Abro a boca, estico a língua de muitas línguas

Escuto as canções de outras frequências

Preciso de  t r a n s m u t a r

A condição é esta!

Vai !

Já disse

Vai!!!

 

 

 

 

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