segunda-feira, 7 de agosto de 2023

relatos

Relatos selvagens são rabiscados em uma folha de um mero papel, parecem mansos e não correm perigos de sua efetivação em SELVAGEM

Porque pousam encravados na simples folha de um qualquer papel

Antes arvores selvagens, agora papeis insolentes ou melhor solentes e solenes 

podem conter inumeros segredos, ou simples letras abandonadas e esquecidas

Roma clama Fellini

Roma acontece no México ao avesso do amor

A prontidão para o ataque

ao vislumbrar onde acontece o SELVAGEM descubro meio assim, que ele existe aqui e por todo canto, tem uma coisa, um negócio, que se rebela e impulsiona o vômito, a febre, o tremor

Ela cai, se recollhe 

a cama a aguarda

precisa ficar quieta e muda

Precisa amansar o SELVAGEM galope que existe dentro

Um frêmito, uma volúpia, um socorro

escuta a presença, ela não está realmente ali, mas ela está dentro, no sangue, pulsa e sussura

Ela quer pular

não sabe para onde

Quer se encantar com algo

Um braço perna, quer virar asa

voar

Não mais pular

Ao invés disso o verde salta para o mar

vira um peixe solto, completamente solto

curvatura de corpos arregalam a tela do seu olhar

miramar

são bichos?

são bocas?

então um milharal desponta e inverte tudo

inverte o olhar do olho virado

está em trânsito dentro das coisas

por favor

me dê uma bala

um doce

alguma coisa macia 

ande como seu cachorro

agora sim

está tudo devidamente organizado

ela espreita

Vermelho reina

azul assenta

a reza se instaura

perco coisas 

estão no armário

ela agora atenta espera ou melhor ainda

Aguarda

das coisas perdidas

das coisas largardas

o quê que a vaca pensa quando pasta?

ela pensa fecha os olhos e se retira



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