terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Dança para ninguens

 

 

DANÇA PARA NINGUENS

Começa correndo muito sem cansaço e nem desespero

Corre correndo

As pernas se parecem com aqueles cavalos da Austrália

Sim daquela seca, que desesperados foram beber agua em um leito seco de um rio AGORA SECO

Não havia agua, não havia mais agua

Não havia rio

Só a lembrança do leito

Seco

E cheio de cavalos secos, mortos de fome de agua de rio

Eu consigo ver correndo correndo

As pessoas não estão mais lá

Há um rumor , FREQUÊNCIA ATIVA

Podem ser as patas, somente as patas dos cavalos mortos de sêde no leito do rio seco, antes rio molhado

Houve dias que aguas deslizavam no leito do rio antes molhado

Agora seco

Somente isso

E completamente sem certeza se há

Cura

C

oração                                                                                                                          

Avatar

seres vermelhos

céu vermelho

agora gélido

terra branca fria

pássaros alados

joelhos em mandala

vulcões muitos

lavas escorrendo pelas pernas

queima de muitos passados

alma limpa completamente

virginal

cavalos selvagens aparecem

galopam como selvagens

tudo a mesma coisa, está tudo dentro

bem aí aqui dentro

sem dentro mim

de repente sim aqueles cavalos secos e mortos no leito

pulam para fora

assusto eu os compreendo demais

o pulo não

sim o susto

por segundos imensos sou atravessada por vida intensas

são como fachos de luz

uma luz longínqua como faróis potentes de um farol perdido na costa oceânica de algum oceano

eles rasgam meu ser de mim

fico aos pedaços

despedaçada

como uma taça estilhaçada no chão

sim no chão mil fragmentos

sou eu

em frangalhos me dilacero

e com olhos vidrados me quebro no chão

sem nenhum tempo

sem nenhuma pressa

galopam em velocidade

sim os cavalos

elegância

sim com uma elegância frágil e mórbida começo a cantar e a juntar os cacos de meu corpo em frangalhos

não estou morta

sim sou eu que digo e penso

sem pressa

sim eu

vou saindo, vou andando sem de maneira alguma olhar para trás

fui

também assim leve e transparente

fui apenas com o contorno

sem olhar nunca mais para trás

sim

fui

sem pressa

sim

estou indo

sim

 

Breve estaremos postando em nosso canal spotify COISASDEDUDUDE Edição 2022 primeiro semestre CAFÉ DA TARDE

                                                                     Célia Gouvêa (SP)
 

                                           Marcia Rubin ao lado de Angel Vianna (RJ)
                                                            Morena Nascimento(MG)
                                                                    Andrea JaborRJ)
                                                               Esther Weistzmann (RJ)
                                          CAFÉ DA TARDE- PRIMEIRO SEMESTRE 2022

                                                         Ação do ATELIER DUDUDE

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Lab in ventoPrimeira Edição 2020 Video de Frederico Herrmann


 

Um dos primeiros trabalhos em video durante a Pandemia edição videocoreografica de Osvaldo Rosa 2020


 

Vem aí o derradeiro CAFÉ DA TARDE de Dezembro 2022 com Luciana Lara(DF) Não perca!!! deliciaaaaa sua presença!

 Esta é uma ação mensal da Fonte do ATELIER DUDUDE localizado em Casa Branca-Brumadinho-MG

Acontecendo  quase sempre no ultimo Domingo de cada mês, de Março a Dezembro.

A curadoria desta Edição prezou por diretoras, coreografas mulheres e ainda tem muita gente bacana para conversar e saber de seus feitos, e desejos

Nos acompanhe pela canal no Spotify coisasdedudude- cafe da tarde

Extraordinariamente Dezembro é um mês com muitas atribulações, portanto este acontecerá dia 11 Domingo as 16:30.

Para maiores informações nos contacte, teremos prazer de informar como se dá.

Aguarde nossa AGENDA 2023  novas ações e muita alegria para seguir

Bons ventos a todas e todos e para este PLANETA beautiful

Axé!!

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Sesc PARATY 2022 Decanto +APPA / mover+mascarar+ inventar+criar +fazer para Acontecer= MUTUÁAAAA





Desde Setembro estamos a mutuar, a primeira ação foi o Festival Mutuá trazendo a cultura de tradição e o hibridismo da arte como fonte, Outubro e Novembro trabalhamos ativando corpos, espaços e criação. 


Tecemos bons encontros com um grupo muito especial  de pesquisadores interessados na linguagem da Mascara, uns vindo do Teatro, outros da experiência mascareira popular, outros do movimento e nós em trio Dudude+Daniela Carmona e Fabiana de Mello e Souza, junto a Jubileu e Davi Cananeia e mais esse grupo beautiful

3 meses intensos de acontecer em Paraty viabilizado pelo SESC PARATY

Meu muito obrigado por esta experiência já guardada in my hearth

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Vem aí a derradeira Vivência Treino em Movimento Dezembro Edição 2022

 
ATELIER DUDUDE - TREINO EM MOVIMENTO VIVENCIA COM DUDUDE

Dezembro, dia 03 Sábado, as 10h, anote e agende-se!*
🌳 Vivencia com Dudude + Picnic aos pés da montanha
📝 Inscrições: http://linkr.bio/dudude (link na bio)

terça-feira, 27 de setembro de 2022

Outubro chegando e a Vivência TREINO EM MOVIMENTO também + uma ação do Atelier Dudude Inscreva-se!!!

Seja um condor, uma águia, se inspire na potência deste ser, simplesmente maravilhoso e venha criar movimentos com todos nós aqui no Treino de Outubro. Entre em contato!

Imperdivel!!

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Um conto triste!

 

Um conto triste

 

Em meio a uma solidão de gigante esfomeada por ternura, afeto e amor estava ele a viver.

Famigerado, com dentes de dragão, um dragão ancestral escondido em suas vísceras perdido no deserto da multidão humanidade.

Estamos todos passando, atravessando desertos de kalarrari, onde a agua já sumiu faz tempo

Tempo parado em um justo e único lugar enrijecido de um relógio vida.

Estamos parados, com almas em processo de degelo, de desventura, isolados cada qual em um mundo de sofreguidão.

A vida medida por hormônios que em sua maioria farejam apenas o Gozo momentâneo do orgasmo, um orgasmo de uivos, de fome animalesca, de saciedades momentâneas

Refletia aquele senhor sentado em um banco de Praça de um qualquer lugar desabandonado.

O que sou?

O que somos? Em conjunto?

Massa

Massa disforme, que não quer alongar sua vista para pertencer a um todo gigantesco e ao mesmo tempo minúsculo frente a imensidão cósmica

Involuimos todos, quando brigamos, acusamos, e queremos nossos meu desejo de mundo satisfazendo apenas a PRÓPRIA vontade

E qual poderia ser esta vontade?

Estamos cada qual em seu estágios de existência karmática nessa terra ilusória de Bosch

Queremos gozar, fuder com quem quer que seja, o amor já passou a léguas desses corpos finitos e irremediáveis.

A cabeça baixa, sua roupas um tanto rôtas, sujinhas, mas o que isso importava ?

Nada, absolutamente nada!

A ilusão obscura desperdiça a existência

Que realidade rasa é esta que estamos presenciando

Os excessos são escandalosos, desperdiçam o planeta que corresponde diretamente a matéria que somos constituídos

Rios desaparecem,

Animais desaparecem

Florestas desaparecem

Homens se violentam

Homens brigam

Homens violentos

E junto tinha a sua certeza , eu também vou desaparecer , mas não quero em vida perecer de tanta miséria dos humanis no real da terra

E assim enfiou a mão no bolso de sua calça rôta e velhinha e pegou uma simples balinha Chita para adoçar sua alma tristonha.