sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Um conto triste!

 

Um conto triste

 

Em meio a uma solidão de gigante esfomeada por ternura, afeto e amor estava ele a viver.

Famigerado, com dentes de dragão, um dragão ancestral escondido em suas vísceras perdido no deserto da multidão humanidade.

Estamos todos passando, atravessando desertos de kalarrari, onde a agua já sumiu faz tempo

Tempo parado em um justo e único lugar enrijecido de um relógio vida.

Estamos parados, com almas em processo de degelo, de desventura, isolados cada qual em um mundo de sofreguidão.

A vida medida por hormônios que em sua maioria farejam apenas o Gozo momentâneo do orgasmo, um orgasmo de uivos, de fome animalesca, de saciedades momentâneas

Refletia aquele senhor sentado em um banco de Praça de um qualquer lugar desabandonado.

O que sou?

O que somos? Em conjunto?

Massa

Massa disforme, que não quer alongar sua vista para pertencer a um todo gigantesco e ao mesmo tempo minúsculo frente a imensidão cósmica

Involuimos todos, quando brigamos, acusamos, e queremos nossos meu desejo de mundo satisfazendo apenas a PRÓPRIA vontade

E qual poderia ser esta vontade?

Estamos cada qual em seu estágios de existência karmática nessa terra ilusória de Bosch

Queremos gozar, fuder com quem quer que seja, o amor já passou a léguas desses corpos finitos e irremediáveis.

A cabeça baixa, sua roupas um tanto rôtas, sujinhas, mas o que isso importava ?

Nada, absolutamente nada!

A ilusão obscura desperdiça a existência

Que realidade rasa é esta que estamos presenciando

Os excessos são escandalosos, desperdiçam o planeta que corresponde diretamente a matéria que somos constituídos

Rios desaparecem,

Animais desaparecem

Florestas desaparecem

Homens se violentam

Homens brigam

Homens violentos

E junto tinha a sua certeza , eu também vou desaparecer , mas não quero em vida perecer de tanta miséria dos humanis no real da terra

E assim enfiou a mão no bolso de sua calça rôta e velhinha e pegou uma simples balinha Chita para adoçar sua alma tristonha.

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