Um conto triste
Em meio a uma solidão de gigante esfomeada por ternura, afeto e amor estava ele a viver.
Famigerado, com dentes de dragão, um dragão ancestral escondido em suas vísceras perdido no deserto da multidão humanidade.
Estamos todos passando, atravessando desertos de kalarrari, onde a agua já sumiu faz tempo
Tempo parado em um justo e único lugar enrijecido de um relógio vida.
Estamos parados, com almas em processo de degelo, de desventura, isolados cada qual em um mundo de sofreguidão.
A vida medida por hormônios que em sua maioria farejam apenas o Gozo momentâneo do orgasmo, um orgasmo de uivos, de fome animalesca, de saciedades momentâneas
Refletia aquele senhor sentado em um banco de Praça de um qualquer lugar desabandonado.
O que sou?
O que somos? Em conjunto?
Massa
Massa disforme, que não quer alongar sua vista para pertencer a um todo gigantesco e ao mesmo tempo minúsculo frente a imensidão cósmica
Involuimos todos, quando brigamos, acusamos, e queremos nossos meu desejo de mundo satisfazendo apenas a PRÓPRIA vontade
E qual poderia ser esta vontade?
Estamos cada qual em seu estágios de existência karmática nessa terra ilusória de Bosch
Queremos gozar, fuder com quem quer que seja, o amor já passou a léguas desses corpos finitos e irremediáveis.
A cabeça baixa, sua roupas um tanto rôtas, sujinhas, mas o que isso importava ?
Nada, absolutamente nada!
A ilusão obscura desperdiça a existência
Que realidade rasa é esta que estamos presenciando
Os excessos são escandalosos, desperdiçam o planeta que corresponde diretamente a matéria que somos constituídos
Rios desaparecem,
Animais desaparecem
Florestas desaparecem
Homens se violentam
Homens brigam
Homens violentos
E junto tinha a sua certeza , eu também vou desaparecer , mas não quero em vida perecer de tanta miséria dos humanis no real da terra
E assim enfiou a mão no bolso de sua calça rôta e velhinha e pegou uma simples balinha Chita para adoçar sua alma tristonha.
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