sábado, 11 de janeiro de 2025

Biscoitos caseiros por Dudude

Biscoitos caseiros Começar por aqui, neste papel branco, o devaneio que o devir da vida de um dia após o outro vem trazendo impressões do mundo de agora. Sim de agora, e nada mais! Parecendo quando um desejo gustativo, de papilas que imaginam um daqueles biscoitos feitos com o doce amor em casa, para trazer uma coisa simples, aquecendo todos os que na casa estão. Biscoito caseiro pode-se ler afeto. Isso eu deste lugar de gente acho, só acho porque sinto e sentindo me alembro de vó, de tias, de mãe, de filhos, de netos e assim vai... já é muito! Hoje um dia que chove, raridade nesses tempos secos e brutos que estamos imersos. Notícias turbulentas vendem mais, que notícias doces, noticias violentas vendem mais muito mais que poesia rara. Crianças continuam nascendo, continuadamente e continuadamente nascem e seguem esta caravana, a sina da vida, e desta maneira homens, mulheres morrem, como as arvores, as flores, os passarinhos e todos os animais seguem este percurso da finitude. Uma flor fenece, em uma jarra da sala de jantar... Estou dentro desta cíclica, estamos. Pontuo minha vida por segundos, dias, meses e anos, tenho em mim a sensação de mais um. Um atempo se faz e refaz na presença do instante, solta no espaço me instalo, sensações maravilhosas me visitam, me sinto parecida com os outros tipo flor, fruto, seiva, mel O que pode ser mais um? Como você, caro leitor sente isso? Proclamo, publico as impressões deste mundo abalado e embalado, esse movimento natural ao viver me fazem ou nos fazem dançar, cozinhar e muitos outros afazeres que estão na pauta desse viver vida, na maioria das vezes andamos na rua entre todos nós. Sinto sendo e confirmo, sou mais um ninguém, sou algum alguém que quase transparente emito em uma frequência fina, um leve e justo socorro, mesmo que engasgado, refreado tenho tanto desejos gentis. Meu exercício tem sido lembrar de ontens para continuar colocar um pé diante do outro e prosseguir. Rastros, vestígios me interessam Uso como uma ideia fixa palavras como singelo, singular, soma. Por quê? Simples assim preciso, as vezes de propósito me fazer distrair, para ganhar folego, sobrevida Não quero acreditar que somos capturados por outrens com intenção de domínio e prisão. Mas acontece.... Tenho me sentido triste com a situação do presente, um certo embasamento deslocou meu ser e nesses tempos trabalho para encontrar o fio perdido de minha alma. Nestes dias assim, entro na cozinha, pego o Livro de Receitas, com muitas receitas de afeto, tem bolo, tem broa, tem torta, tem doce, tem geléia, tem pão, tem de um tudo. O livro ou melhor Caderno tem a minha letra, de quando era menina moça, adorava ser auxiliar de minhas tias, minha mãe, batia as claras, misturava a massa e depois o cheirinho doce, de casa afetuosa se esparramava pela casa, enquanto o forno assava os quitudes, arrumávamos a mesa do café e era uma alegria saborear e conversar amenidades, compartilhar a vida junto. Esta sensação está guardada em minhas células e de tempo em vez a reproduzo aqui na minha casa, me traz coragem, partilha e uma alegria de estarmos juntos saboreando o bolo, o pãozinho o cafezinho, minha alma se tranquilize, ganho folego para seguir Coragem para enfrentar e não deixar que o medo me cale, me adoeça, me separe de mim, euzinha sim euzinha sou aquela mulher que sonha, que cozinha e arruma sua casa com esmero e cuidado. Aqui usei do papel para situar a emissão destas coisas tipo escritas Minha casa tem o nome de terra, um tapete verde e esplendoroso, com muitas arvores e muitos bichos, moro as vezes no coração do pé de manga e escorrego na cachoeira da agua do rio, que deslizando chega ao mar. No mar sou agua morna, fria e profunda e minha inconsciência vive ali, de tempo em vez ela vai para o céu azul e profundo e cai como chuva em gotas molhando o tapete verde da floresta, da mata, da casa terra. Isso é bom! Subo na montanha e dou um grito, não uivo, grito em forma de loba, abro as asas e viro uma águia branca, e quando me distraio estou em minha cama sonhando e me deixando ser coisa. Uma coisa assim que respira e agradece Quanto tempo faz que não gargalho de alegrias? Por quê a amargura? Se cozinho com tristeza, as comidas não ficam tão boas e apetitosas e me pergunto: Por quê o biscoito que fiz não ficou bom? Porque temperei com lágrimas de sofreguidão, simples assim, então falo para mim, vá ali no banheiro lave seu rosto com agua fria, depois abra a janela e olhe para o céu, respire e deixe ir embora esta tristeza que te sufoca, se perdoe, e vá fazer o que você ama fazer. Escuto e quando me vejo me pego cantando e com desejo de fazer um bolinho macio e gostoso, ou aquele biscoitinho que aprendi e nunca me esqueci de como se faz um biscoitinho crocante de polvilho doce. Mas... Tudo de novo outra vez se sucede. Uma sensação de sofreguidão toma conta, então abro a janela da casa, escuto a chuva, sinto o frescor e entendo coisas da ordem de um lugar que preciso escutar e dizer: sim preciso sair, sim preciso continuar minha sina de passarinho. Vai passar Arrumo a mesa de café e tomo um chá de erva doce, enquanto respiro esperanças de amanhãs mais leves.

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