quarta-feira, 12 de agosto de 2020

sem titulo

 Mover o espaço é a condição do artista que cria, na ação simultânea do existir na soma

Tanto coisas inanimadas quanto seres animados se servem da borda, da margem, do suporte para que uma imagem consiga se desvelar

O olho que vê edita o que ele vê

Cada um de todos nós somos distintos, indivíduos

Cada um de nós   existe a sua maneira, com experiências distintas, mesmo que possam parecer semelhantes, mas nunca iguais, mesmo aqui com objetos feitos em seres, iguais e idênticos vão se diferenciando a partir do momento que pertencem a sua casa, corpo, ambiente

Isto é o que fomenta e aquece o fogo em uma improvisação

sua dor pode ser semelhante a um outrem, mas não temos certeza alguma que o azul  que ocupa sua sensação é igual ao azul  de um outro

Como vejo, observo e noto é da intimidade de cada ser vivente

ao compartilhar quereres e observações, contemplamentos falamos de um comum

este comum em nós

tão diverso e tão comum

por enquanto interrompo os acionadores que me guiem para existir como um igual, e bem distinto

na sensação de um mais um vamos a se tempo construindo teias no campo do fraterno, do afeto, do artístico

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